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sábado, 11 de novembro de 2017

Enem 2017: com média de 15 questões de física por edição, prova exige ir além da decoreba


Tópicos mais recorrentes

De acordo com o professor Douglas Pedroso, existem alguns temas recorrentes nas questões de Física no Enem. São eles:

Eletrodinâmica
Trabalho e Energia
Calorimetria
Fenômenos ondulatórios




Os tópicos de Trabalho e Energia, Eletrodinâmica e Calorimetria sempre caíram com frequência na prova.

Taxonomia das questões da prova de Física

Para explicar, de forma técnica, como a mudança do formato do Enem refletiu nas estruturas da prova, o professor Douglas Pedroso usou um conceito chamado Taxonomia de Bloom - muito utilizado por profissionais da área de educação para medir o nível de dificuldade das questões.


O que mudou com o novo formato de 2009 foi a profundidade das perguntas. Veja uma pirâmide que ilustra as habilidades necessárias para resolver as questões:

Pirâmide baseada na Taxonomia de Bloom - muito utilizado por profissionais da área de educação para medir o nível de dificuldade das questões (Foto: Divulgação)


“O Enem exige que você saiba resolver situações-problema utilizando os seus conhecimentos sobre Física. As provas atuais querem que você utilize suas habilidades (Conhecer, Compreender, Aplicar, Analisar e Sintetizar) para solucionar tais problemas”, introduz Pedroso.


De acordo com o professor, se fizéssemos a Taxonomia de Bloom nos dez primeiros anos de exame, as habilidades necessárias para resolver as perguntas seriam “conhecer e no máximo aplicar. Hoje, você pode encontrar até o nível de sintetizar”.


“Perceba que essas habilidades não estão relacionadas com o conteúdo, por isso que é possível se deparar com questões de eletromagnetismo muito fáceis e questões de cinemática extremamente difíceis”, lembra o professor de Física.

Para tudo ficar mais visível, o professor definiu cada uma das linhas da pirâmide.

Conhecer: são problemas mais simples, porque com uma breve informação (palavra-chave) você consegue reconhecer o conteúdo. A resposta do problema será uma lembrança direta da matéria.
Compreender: são problemas que vão além do lembrar, porque além de reconhecer o conteúdo cobrado, você deve ser capaz de explicar com suas palavras o fenômeno físico. Como o ENEM é uma prova de múltipla escolha, é esperado que você identifique qual das alternativas é a correta.
Aplicar: chegamos às temidas fórmulas! Porém, muito cuidado - decorá-las pode não ser suficiente. Neste caso, são problemas que você precisa entender e encontrar qual fórmula se encaixa na situação descrita.
Analisar: o Enem gosta que você analise situações utilizando a comparação entre dois ou mais casos. Para isso, você deverá estar preparado para fazer comparações quantitativas e/ou qualitativas.
Sintetizar: são as questões mais difíceis da prova, porque elas querem que você utilize as as informações contidas no problema e acrescente seus conhecimentos para conseguir formular uma solução.

Tendência para a prova

Além de apontar os conteúdos de ondulatória como tendência, existe outra particularidade da prova. “Uma coisa que eu tenho percebido é a grande interdisciplinaridade entre Matemática e Física’, revela o professor.


De acordo com ele, esse tipo de questão passou a ser mais frequente no Enem nas últimas quatro edições. “Isso é interessante, porque o aluno se prepara para a prova de Matemática, e encontra perguntas sobre força e velocidade média”, exemplifica.


Douglas Pedroso completa que a prova está bem mais aprofundada, pegando todas as grandes áreas da Física, “tanto é que antes não tinha Ondulatória e Óptica, e agora é quase predominante”.

É preciso ir além das fórmulas

“O que acontece é que você até pode saber as fórmulas de cinemática, dinâmica e eletromagnetismo, só que se você não souber em qual situação elas se encaixam, elas ficarão perdidas, sem aplicação”, explica o professor de Física.

Em provas mais técnicas e objetivas, até dá para inserir uma fórmula ou outra. Porém, como o Enem traz um contexto de situação-problema, fica mais difícil.

Pedroso conta que é preciso se apropriar da fórmula. Para isso, tente aguçar sua memória no momento que estiver estudando Física e procure entender quando se aplica e o porquê. “Se o conceito estiver fortalecido, a maneira de resolução fica muito mais fácil”, conclui.



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