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domingo, 10 de setembro de 2017

A arte concretista


A arte concretista

É um movimento de vanguarda que surge na Europa nos anos 50 como parte do abstracionismo, aparecendo na música, poesia e nas artes plásticas. O movimento defende a racionalidade e rejeita o Expressionismo, o acaso e a abstração lírica e aleatória. Não há intimismo nas obras, nem preocupação com o tema. A ideia é acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova linguagem. Na década de 60, poetas e músicos envolvem-se com temas sociais. De modo geral, é uma ligação pessoal, sem destaque na obra, a qual se preocupa mais com a inovação da linguagem. O movimento surge oficialmente no cenário artístico internacional em 1954, quando começam a funcionar regularmente os cursos da Escola Superior da Forma em Ulm, na Alemanha. Baseia-se na produção e na teoria de vários artistas ligados ao Abstracionismo geométrico, sobretudo do suíço Max Bill. Eles exigem racionalidade, desfazem a distinção entre figura e fundo e enfatizam a linguagem do design. Usam régua para conceber as pinturas. As esculturas têm formas geométricas.

Contexto Histórico e Ideológico Mundial:

* “Anos Dourados”

* “Guerra Fria”

*1950/1953 – Guerra da Coreia

*1959 – Revolução Cubana

*1959 – Guerra do Vietnã

*1957 – Lançamento do primeiro satélite (Sputinik I)

*1957 – Lançamento do primeiro satélite tripulado por uma ser vivo (Sputinik II)

*1954 – começam a funcionar regularmente os cursos da Escola Superior da Forma em Ulm, na Alemanha (inicio do movimento plástico)

Contexto Histórico Brasileiro:

*1954 – Suicídio de Getúlio Vargas

*1956/1961 – Governo de Juscelino Kubitschek

*1951 – I Bienal Internacional de Arte de São Paulo

*Processo de industrialização nacional

*Construção de Brasília

*Surgimento da dívida social e da inflação pela política de JK

*1951 – Chegada de Max Bill ao Brasil (vinda do movimento plástico ao Brasil)

Contexto Ideológico Mundial (1950):

*conflito entre os blocos capitalista e socialista

*explosão do rock

Contexto Ideológico Brasileiro:

*Desejo de transformação social, política, econômica e cultural

*Surgimento e/ou impulso de vários movimentos artísticos

*Euforia de desenvolvimento do pós-2ª Guerra Mundial (”50 anos em 5”)

*Consolidação da sociedade urbano-industrial brasileira

*Êxodo rural maciço

*Popularização dos aparelhos residenciais modernos e dos meios de comunicação

*Surgimento da televisão

Concretismo nas artes plásticas

*aspiração a uma linguagem de comunicação universal (autonomia da arte com o mundo exterior);

*integração do trabalho de arte na produção industrial (crença na tecnologia);

*função social (acesso para todos e aplicação em todas as áreas de comunicação visual, cabendo ao artista contribuir de modo abrangente para a socialização da forma no design, na tipografia etc.);

*utilização, tanto no suporte como na matéria prima, de materiais industrializados produzidos em série (ferro, alumínio, tinta esmalte etc.);

*rigor geométrico na matemática, que estruturou ritmos e relações;

*eliminação do gesto, do sinal da mão, que tornou o desenho preciso, feito com régua e compasso

*O quadro, construído exclusivamente com elementos plásticos – planos e cores -, não tem outra significação senão ele próprio.

*Proximidade entre trabalho artístico e produção industrial

*Corte com certa tradição abstracionista anterior

*Estudos sobre percepção visual da Gestalt (o todo não é simplesmente a soma das partes)

Alguns artistas

*Geraldo de Barros (1923— 1998)

Foi um pintor e fotógrafo brasileiro.

Além da fotografia e da pintura, sua obra se estende também à gravura, às artes gráficas e ao desenho industrial. Iniciou sua carreira dedicando-se à pintura de figura e paisagens, mas tornou-se conhecido ao estabelecer vínculos com a arte experimental. Foi um dos pioneiros da fotografia abstrata e do modernismo no Brasil também é considerado um dos mais importantes artistas do movimento concretista brasileiro.







Foto 1: Geraldo de Barros – Untitled (São Paulo) (1949)

Foto 2: Geraldo de Barros (1923-98), Objeto-forma, esmalte, 1979, 0,80×0,80, col. part.

Foto 3: Geraldo de Barros, Composição geométrica

Foto 4: Função Diagonal, 1952

*Ivan Ferreira Serpa (1923 –1973)

Foi pintor, desenhista, professor e gravador.

Na década de 40, estudou com o gravador Axl Leskoschek. Realizou sua primeira individual no Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos e expôs na XXVI Bienal de Veneza. No ano de 1953, juntamente com Lygia Clark, Lygia Pape, Weissmann, Palatinik, Oiticica e Aluísio Carvão, articulou a criação de um núcleo de arte chamado Grupo Frente. Participou da I Exposição Nacional de Arte Concreta em São Paulo e no Rio e na exposição Concretos Brasileiros em Zurique, na Suíça, no qual foi premiado.


Foto 1: Ivan Serpa – Sem título , 1972. – serigrafia – 24 x 19,2 cm

Foto 2: Ivan Serpa – HOMENAGEM A VOLPI, 1972 – 45 x 45 cm serigrafia sobre papel

Foto 3: Ivan Serpa – Sem título No. 12 from the series Amazon, 1970 – Oil on canvas

Foto 4: Ivan Serpa – Formas – 1951 – Óleo sobre tela

Foto 5: Ivan Serpa – Sem título – 1953

*Cordeiro, Waldemar (1925 – 1973)

Foi um pintor, paisagista, crítico de arte, teórico de arte, desenhista e ilustrador.

Em 1938, estudou na Accademia di Belle Arti di Roma [Academia de Belas Artes de Roma] e fez curso de gravura na Escola de São Giácomo, em Roma. Aos 21 anos opta pela nacionalidade brasileira e vem para o Brasil. Passa pelo Rio de Janeiro e segue para São Paulo, onde trabalha no jornal Folha da Manhã, fazendo reportagens políticas e ilustrações. Em 1947, conhece Lothar Charoux , Geraldo de Barros e Luiz Sacilotto, seus futuros companheiros do concretismo, na exposição 19 Pintores. Em 1952, funda, em São Paulo, com Luiz Sacilotto, Lothar Charoux, Féjer e outros, o Grupo Ruptura, tornando-se seu principal teórico. Conhece integrantes do grupo Noigrandes, os poetas Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos. Mas abandona o rigor concretista e depois começa a se desligar da pintura para ir desenvolver pesquisa, na qual lida com a apropriação de objetos em sua concretude como suporte de significação e com a técnica da assemblage e depois trabalha sistematicamente com arte por computador (arteônica)



Foto 1: Waldemar Cordeiro – Ideia visível – 1957

Foto 2: Waldemar Cordeiro – Sem Título, 1958. esmalte s/compensado

Foto 3: Waldemar Cordeiro – Movimento, 1951. Têmpera s/ tela 90,1 x 95,3 cm

Concretismo na música

*vem do francês ‘musique concrète’

*montagens com sons do cotidiano (vassouras em fricção no chão, água escorrendo da torneira, barulhos de rua, ect.)

*caráter “aleatório”

*não há intimismo nas obras nem preocupação com o tema

*buscam criar uma nova linguagem

*deu origem à música eletrônica

*o fim da Segunda Guerra Mundial influenciou o desenvolvimento da indústria do som e das estações de rádio que foram determinantes para o desenvolvimento da música concreta

Alguns artistas:

*Pierre Schaeffer (1910-1995),

Foi um compositor, teórico, professor, engenheiro eletrotécnico e locutor de rádio.

Começou estudando engenharia de telecomunicações na Escola Politécnica de Estrasburgo, na França, trabalhando durante alguns anos como técnico para a Office de Radiodiffusion Télévision Française, antes de dedicar-se a experimentos musicais, dos quais aproveitou sua experiência com gravadores e reprodutores sonoros. As primeiras composições de Shaeffer, que incluíam a manipulação sonora por meio da variação da velocidade ou do sentido de leitura das gravações, foram feitas entre 1948 e 1949. Em 1951, cria o Grupo de Pesquisa de Música Concreta (Groupe de Recherche de Musique Concrète – GRMC) começam a surgir suas músicas mais expressivas. Sua obra mais conhecida é a Symphonie pour un homme Seul, obra feita em colaboração com Pierre Henry.

Pierre Schaeffer – “etude aux chemins de fer”
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