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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Fábrica de criatividade e exagero


Em NY, prédio comercial virou morada de artistas,

O apartamento de janelas em arco do produtor de eventos Mark Winkel, 37, é marcado pelo décor extravagante

No número 135 da rua Plymouth, no Brooklyn, existe uma imensa fábrica do século 19 que tem uma vista privilegiada de um dos cartões postais de Nova York: a Manhattan Bridge. O lugar, que já foi a maior fábrica do mundo e produziu munição para Segunda Guerra Mundial, sofreu uma enorme transformação nos anos 1980. A partir dessa data, o prédio comercial se tornou o lar de moradores nada comuns.

Os mais de 55 mil metros quadrados do local foram ocupados por artistas, músicos e toda espécie de gente criativa que transformou, com as próprias mãos, os antigos galpões manufatureiros em lofts mais que habitáveis. As residências foram lotadas de arte e design handmade. Túneis, instalações de arte, flores gigantes e palcos musicais são apenas algumas das intervenções criadas por lá, sem contar a própria construção de paredes, troca de piso e revestimentos em geral.

Do teto do flat de Winkel pendem flores de espuma feitas por Gregory Skolozdra que, juntamente com os pendentes enrolados em mais de mil flores, transformam o lugar numa espécie de jardim surreal

A construção era tão decadente que as únicas coisas possivelmente encontráveis eram espessas camadas de lixo e ratazanas do tamanho de gatos. A transformação causada pelos moradores é quase inacreditável mas, apesar disso, o lugar ainda não alcançou o ideal para a habitação. Tanto que é comum que os corredores sirvam de locação para filmes e videoclipes graças à atmosfera inusitada. Mas para tudo se dá um jeito. Hoje, entre as centenas de moradores do lugar, existem também pessoas menos alternativas, como advogados e engenheiros que fugiram dos altíssimos aluguéis da região e encontraram uma alternativa criativa para morar.

Naturalmente, habitar um edifício comercial – no caso da fábrica, sem condições sanitárias e estruturais para abrigar pessoas – é ilegal. Mas, em Nova York, existe uma lei chamada Loft Law que, desde os anos 1980, ajuda a regulamentar tais moradas irregulares. Os moradores do endereço na Plymouth agora lutam para proteger duas importantes coisas construídas com os próprios braços: as extravagantes moradas, nas quais dispuseram de tempo, dinheiro e dedicação e a comunidade integrada e unida que se criou entre tantasmentes criativas.
A flores criadas por Gregory Skolozdra são do tamanho de um tronco humano e combinam com o teto rústico


Atrás de Mark Winkel, que defende o uso do terno mesmo em casa, ficam seu palco particular e vários balanços de trapezista


A entrada do flat de William Etundi Jr. é um túnel feito das tábuas de um celeiro pelo artista Thomas Beale. Personalizar as moradas de forma exótica e artesanal é algo muito comum no número 135 da rua Plymouth


Passando pelo túnel, fica a sala de estar de Etundi e de Aaron Tyler Kuffner, com quem ele divide a casa. Logo na entrada, o destaque fica por conta do gamelatron, uma espécie de instalação de arte e instrumento musical criada por Kuffner que mistura tecnologia digital e a tradição da música da Indonésia


Os componentes do gamelatron conferem um ar étnico ao living


A parede de madeira rústica da sala de Etundi e de Kuffner foi feita por eles mesmos


Etundi é o criador da rede social para artistas see.me


Etundi e Kuffner na frente do túnel de madeira


Pep Gay, um maquiador espanhol de 45 anos, mora no endereço desde 1996. Com a ajuda dos vizinhos, ele descobriu como mudar as paredes de lugar por conta própria e criar o espaço do jeito que quisesse


Gay em sua sala de estar decorada com tons escuros e predominância de preto




O flat de Ulises Beato, um fotógrafo de moda que largou tudo para virar mágico e tocador de conga, foi todo decorado com coisas que ele achou no lixo. A pintura na parede, por exemplo, foi descartada pelo próprio vizinho


A cozinha maximalista de Beato, assim como os três quartos e um estúdio musical, foram construídos por ele com as próprias mãos


Os painéis da sala de Beato foram encontrados no lixo


O pintor Christopher Dunbrack, 45 anos, construiu as paredes de sua casa com revestimentos de pisos antigos. Na foto, o artista e sua pintura


A casa de Dunbrack é cercada de pinturas, como o políptico do artista Jeffrey Drouin


Ele construiu a sua cozinha com armários da Ikea recuperados do lixo. Uma vez, em uma festa, um dos convidados, que trabalhava na empresa, pediu para voltar e trazer seus chefes com ele


Os pendentes do banheiro de Dunbrack também são da Ikea, mas estes foram comprados


Uma parede-divisória translúcida com janelas antigas traz charme ao ambiente


A fachada da antiga fábrica, no número 135 da rua Plymouth, é ladeada pela Manhattan Bridge

Fonte: Casa Vogue

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